Perguntas e Respostas

O QUE É ROCKERS?

Rockers - "It’s Dangerous" completa 30 anos de idade mantendo o status de "A obra prima Cinematográfica do Reggae". Em 1976, Ted Bafaloukos fez uma proposta a Patrick Hulsey que consistia em fazer um documentário sobre o Reggae. Ted, que já havia viajado diversas vezes para a Jamaica havia construído uma relação de amizade e parceria com diversos músicos e produtores da ilha. Após uma longa conversa com Patrick, Ted o convenceu a produzir o filme que entraria para a história do Reggae. Ainda em 1976, ano em que viajaram 3 vezes para a Jamaica, ambos encontraram grandes nomes como Burning Spear, o produtor Jack Ruby, Leroy "Horsemouth" Wallace, Richard "Dirty Harry" Hall, além de Lee Perry e Kiddus-I, que os encorajaram a seguir em frente. "Horsemouth" e "Dirty Harry" foram os guias da dupla e sua equipe pela Jamaica e não foi por acaso que se tornaram as duas estrelas do filme, o que causou um verdadeiro "disse-me-disse" entre a comunidade do Reggae Jamaicano na época. Ao final de 1976, finalmente eles conseguiram fazer algumas filmagens de como seria o filme e levaram para Nova York, onde procuraram por alguns investidores dispostos a bancar a obra prima. Obstáculos financeiros transpassados, o filme começou a ser filmado no verão de 1977 e retomado no inverno de 1978, ano em que Bob Marley retornou à Jamaica após a tentativa de assassinato que sofreu em sua casa na capital Kingston - em 1976. Durante esse tempo Marley se exilou nas Bahamas e só retornou para um dos shows mais importantes já promovidos na Jamaica - o "One Love Peace Concert". O filme Rockers foi filmado num momento crítico na política local, onde existia uma rivalidade muito grande entre a JLP (Jamaica Labor Party) e o PNY (Peoples National Party). O JLP, partido da direita Jamaicana era apoiado pelos Estados Unidos e liderado por Edward Seaga, enquanto que o PNY era liderado por Michael Manley, eleito Primeiro Ministro no ano de 1976, quando a Equipe responsável pelo filme visitou a Ilha em busca de artistas dispostos a encarar o desafio. Os dois partidos rivais instituiam uma verdadeira Guerra Civil na capital Jamaicana, travada principalmente entre jovens que eram recrutados para "lutar" pelos interesses políticos de cada um. Esses jovens eram chamados de "Rude-boys" e formavam verdadeiras gangues de foras da lei que lutavam contra a polícia e promoviam o terror em Kingston. O problema de segurança na Ilha era tão grave que em 1977, 10 mil dólares conseguidos por Ted Bafaloukos e Patrick Hulsey para a Produção do filme foram roubados por uma gangue de "rude-boys" no cofre do Hotel onde a equipe estava hospedada. Em meio uma chuva de tiros os produtores perceberam que não estavam com uma tarefa das mais fáceis nas mãos. Apesar da confusão generalizada, o filme Rockers foi filmado num clima de descontração, satisfazendo seus idealizadores, apesar de todas as dificuldades. Com diversos artistas de fama mundial participando do filme, o mesmo ganhou visibilidade rapidamente na Ilha e em diversos lugares do mundo, onde foi e continua sendo aclamado por público e crítica. Participaram do filme ninguém menos que Burning Spear, Jacob Miller, Gregory Isaacs, Leroy "Horsemouth" Wallace, Richard "Dirty Harry" Hall, Kiddus I, Leroy Smart, Ian e Roger Lewis (Inner Circle), a dupla Sly Dunbar & Robbie Shakespeare, Big Youth, Errol Thompson, Dillinger, Jack Ruby, dentre outros não menos importantes que fizeram do Rockers o maior filme sobre o Reggae já feito. Rockers conta uma história emocionante que se passa nos guetos da Jamaica, onde assim como diversos lugares do mundo os pobres são oprimidos pela minoria rica dominante. Não vamos contar mais sobre a história, para não perder a graça. Só assistindo e tendo as próprias emoções. Muito reggae, raízes e cultura podem ser vistos no filme que sem dúvida é título indispensável a qualquer amante do Reggae. Recentemente ele foi lançado no Brasil com legendas em Português e pode ser adquirido pelas principais lojas do ramo.


QUEM SÃO CHEECH AND CHONG?

Cheech and Chong eram uma dupla humorística americana que obteve uma larga audiência nas décadas de 1970 e 80, fazendo diversos filmes com temas como a era dos hippies, "paz e amor" e especialmente a maconha. A fama da dupla se alastrou de forma tao rapida, que foram convidados para diversas participações em diversas series e longa-metragens, como Depois de Horas, de Martin Scorsese. A dupla fez sucesso no cinema com caracterizações de hippies drogados.

Up in Smoke

É o primeiro filme da dupla de comediantes Cheech e Chong. Cheech é o tipo latino de adolescente da década de 70. Chong é o desajustado de classe média. O fusca de Chong quebra e Cheech lhe dá uma carona. Fumam um bagulho do tamanho de uma salsicha e Cheech começa a passar mal. Chong lhe dá uns comprimidos, mas por engano não são aspirina. São LSD. Tomam uma geral da polícia, são enquadrados, mas logo depois liberados pela juiza. Chong arruma uma namorada que cheira todo o sapólio que ele deixou cair por engano em um pratinho.
Entre festinhas e batidas policiais vão parar em uma fábrica que disfarça a maconha em utensílios. A partir daí seguem uma viagem em uma van verde, feita de maconha, só que o escapamento vai queimando a erva por onde passam, deixando os que os seguem doidões.



QUEM FOI BOB MARLEY?
Foi no dia 6 de fevereiro desse ano que nasceu o menino Robert Nesta Marley, filho de Cedella Booker, uma garota negra de apenas dezoito anos, e do Capitão Norval Marley, do Regimento Britânico das Índias Ocidentais, um inglês branco de 50 anos de idade que, devido a pressões de sua família na Inglaterra, apesar de ajudar financeiramente pouco conheceu o filho. Mas para entender melhor a história desse menino é preciso voltar um pouco mais no tempo. Apesar da escravidão ter sido abolida na Jamaica em 1834, aqueles dias de sofrimento ainda estão na memória dos descendentes de africanos e, misturados com os costumes ingleses, fazem parte da cultura da ilha. Já no começo do século passado a herança africana começava a ter expressão política com Marcus Garvey, um pastor jamaicano que fundou a Associação Universal para o Desenvolvimento do Negro. A organização defendia a criação de um país negro, livre da dominação branca, em África, que recebesse de volta todos os descendentes de africanos exilados na América. Foi inclusivé com esse intuito que Garvey chegou a fundar uma companhia de navegação a vapor, a Black Star Line. Mas Marcus Garvey é lembrado na Jamaica também por outro motivo. O pastor, nas suas pregações, costumava repetir uma profecia que logo se espalhou entre a população negra. Ele dizia que em África surgiria um Rei negro, o 225º descendente da linhagem de Menelik, o filho do rei Salomão e da rainha de Sabá, que libertaria a raça negra do domínio branco. Anos depois esse rei apareceu. Em 1930 Ras Tafari Makonnen foi coroado Imperador da Etiópia e passou a se chamar Hailè Selassiè. No mesmo momento, os seguidores de Garvey na Jamaica passaram a acreditar que a profecia tivesse sido cumprida e começaram uma nova religião chamada Rastafari. Anos mais tarde, essa religião seria espalhada pelo mundo através da música de um menino chamado Bob Marley.
 A música em sua vida
Bob Marley começou suas experimentações musicais com o ska e passou aos poucos para o reggae enquanto o estilo se desenvolvia. Marley é talvez mais conhecido pelo seu trabalho com o grupo de reggae The Wailers, que incluía outros dois célebres músicos, Bunny Wailer e Peter Tosh. Livingstone e Tosh posteriormente deixariam o grupo para iniciarem uma bem-sucedida carreira solo.
Convicções políticas e religiosas
Bob Marley era adepto da religião rastafári. Ele foi influenciado por sua esposa Rita, e passou a receber os ensinamentos de Mortimer Planno. Ele servia de fato como um missionário rasta (suas ações e músicas demonstram que isso talvez fosse intencional), fazendo com que a religião fosse conhecida internacionalmente. Em suas canções Marley pregava irmandade e paz para toda a humanidade. Antes de morrer ele foi inclusive batizado na Igreja Ortodoxa da Etiópia com o nome Berhane Selassie.
"Não viva para que a sua presença seja notada, mas para que a sua falta seja sentida."